Nessa semana lançamos um podcast sobre a estimulação cerebral profunda, ou Deep Brain Stimulation (DBS). Esse procedimento já é utilizado para tratar a doença de Parkinson, distonias e tremor essencial no Brasil, sendo inclusive oferecido pelo SUS. Em alguns países, o DBS já  é utilizado no tratamento de desordens compulsivas obsessivas e epilepsia. Há estudos para implementá-lo no tratamento da depressão, obesidade, anorexia, dor crônica e essa lista tende a crescer.

Mas do que se trata a estimulação cerebral profunda? Nesse procedimento é implementado um eletrodo em uma região cerebral específica, que esteja muito ativa ou inativa na doença a ser tratada. O eletrodo é capaz de gerar pequenos choques, de intensidade e frequência controláveis. Dependendo da frequência de estimulação elétrica empregada, a área do cérebro que circunda o eletrodo se tornará mais ativa ou bloqueada, regularizando assim sua atividade. O legal desse tratamento é que ele é regulável e reversível, o eletrodo pode ser controlado externamente ou simplesmente desligado, caso o efeito desejado não seja atingido.

É claro que a implementação do dispositivo não é tão simples, é necessário que seja feita uma cirurgia para seu posicionamento dentro do cérebro, na região apropriada. O Dr. Roger Walz, entrevistado deste mês pelo NeuroPod, explica mais sobre esse assunto. Ele nos conta como funciona, o histórico do DBS, quais são os candidatos a cirurgia, como ela feita e muito mais!

O Dr. Walz é médico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), neurologista pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, doutor em bioquímica também pela UFRGS e especialista em medicina intensiva e neurofisiologia clínica. É Professor do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Santa Catarina e possui ampla experiência em cirurgia no tratamento de epilepsia. Entre 2014 e 2015, permaneceu na Universidade da Flórida nos E.U.A. estudando justamente o DBS. Lá ele aprendeu uma técnica de registro elétrico para o correto posicionamento do eletrodo dentro do cérebro do paciente, extremamente importante para que se atinja o resultado esperado na cirurgia. Médico, pesquisador e professor, ele tem muito a contar. Essa entrevista está imperdível!

Clique aqui para ouvir o episódio sobre o “chip no cérebro“.

 

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