1. Algumas pessoas usam mais o lado esquerdo, outras o lado direito do cérebro de acordo com suas personalidades.

Independentemente de sua personalidade, você usa os dois hemisférios do cérebro para realizar tarefas diárias. Algumas funções do cérebro podem ser de fato lateralizadas; a área responsável pela fala, por exemplo, fica no hemisfério esquerdo na maioria das pessoas – entretanto, a maior parte das tarefas que realizamos requerem o uso dos dois hemisférios em conjunto.

2. Usamos apenas 10% do nosso cérebro.

Todos nós usamos todo o nosso cérebro, só não ao mesmo tempo. A ativação diferencial de determinadas áreas do cérebro e supressão de outras é importante para a “mensagem” que o cérebro está passando em um dado momento. Estudos foram realizados que mostram imagens das áreas mais ativadas do cérebro enquanto voluntários realizam tarefas, a conclusão é que dependendo da tarefa que estamos realizando, ativaremos um conjunto diferente de áreas cerebrais. A ativação exarcebada ou a não-supressão adequada de áreas cerebrais pode levar a efeitos nocivos, como convulsões. Entretanto, em um dia normal, provavelmente todas as nossas áreas cerebrais são ativadas – em diferentes momentos.

3. Quanto maior o cérebro mais esperto.

O tamanho do cérebro não está relacionado a inteligência. Alguns animais, como elefantes e baleias, tem cérebros muito maiores que os nossos sem necessariamente serem mais inteligentes que nós. Mesmo ao se corrigir o tamanho do cérebro pela massa do corpo, os humanos ainda ficam para trás em relação a outros animais. Na verdade, o que mais correlaciona-se com a inteligência é o número de neurônios no cortex cerebral. Os humanos tem mais neurônios nessa região que qualquer outro animal.

4. O cérebro depois de formado não muda mais.

Na verdade o cérebro é um órgão extremamente adaptável, ele muda a cada nova experiência que temos, a esse fenômeno damos o nome de plasticidade. Embora saiba-se que acontece em crianças e adolescentes, ainda é um debate na ciência até que ponto novos neurônios são formados em um cérebro humano adulto. Entretanto, mesmo sem a formação de novos neurônios, o cérebro pode mudar muito sua conformação ao longo da vida! Cada vez que temos uma experiência nova, aprendemos algo diferente, formamos novas memórias, novas sinapses (conexões entre os neurônios) são feitas – isso acontece todos os dias! Além disso, frente a uma infecção, por exemplo, pode haver multiplicação de células do sistema de sustentação e defesa que residem no cérebro (células da glia), e mesmo após a resolução da infecção essas células podem permanecer no nosso cérebro, alterando sua conformação e estrutura.

5. Vacinas causam autismo.

Autismo é um transtorno do desenvolvimento cerebral que afeta como as pessoas percebem seu ambiente e interagem com ele. Não se sabe ainda as causas do autismo, sabe-se apenas que sofre influência de fatores genéticos e ambientais. Por essa desordem começar ainda na infância, na idade de vacinação, algumas hipóteses foram ventiladas associando as duas coisas. Três hipóteses específicas foram propostas: 1. a combinação de sarampo-caxumba-rubéola causaria o autismo por danificar o intestino, o que provocaria a entrada de proteínas tóxicas; 2. Um preservativo de vacinas que contém mercúrio (timerosal) seria tóxico ao sistema nervoso; 3. o uso simultâneo de diferentes vacinas sobrecarrega e enfraquece o sistema de defesa do corpo. Mais de 20 estudos de grupos de pesquisadores e países diferentes foram feitos testando essas hipóteses, de forma biológica e epidemiológica, e todas foram negadas – ou seja, não há nenhum link entre vacinas e autismo. Na verdade, não vacinar uma criança expõe ela a muito mais riscos do que o contrário.

Quer saber mais sobre o cérebro e o que há de mais recente nas pesquisas científicas da área? Fique ligado no NeuroPod! Curta nossa página no facebook, e ouça nosso podcast.

 

 

 

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